ANALFABETISMO:
tem cor, idade e renda.
A afirmação foi feita pelo deputado Fernando Mineiro, durante palestra ministrada para educadores na abertura do projeto Mova Brasil 2012, na tarde da última segunda-feira (19), em Extremoz. Citando dados do Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ele disse que o número de analfabetos é maior entre negros, idosos acima de 65 anos e pessoas que ganham até meio salário mínimo.
“Entre as pessoas que ganham até meio salário mínimo, o analfabetismo é 15 vezes maior que entre aquelas que ganham de um a quatro salários mínimos. O número de negros que não sabem ler nem escrever é muito maior que a quantidade de brancos. É uma disparidade imensa. Em relação à questão da idade, ocorre um fenômeno interessante no Brasil: em números absolutos, o número de analfabetos com mais de 65 anos aumentou, mas em termos percentuais houve uma diminuição”, comentou.
Para Mineiro, esses números comprovam que essa situação é “reflexo da constituição desigual do Brasil”. Ele enfatizou que o combate ao analfabetismo é “decisivo para enfrentar a desigualdade social e promover a justiça econômica” no País.
Mineiro observou que o direito à educação universal surgiu somente na Constituição de 1988. Portanto, a ideia da educação como dever do Estado é muito recente. “Nunca vemos movimentos de rua para acabar com o analfabetismo no Brasil. A cidade se mobiliza para ter educação superior, mas ninguém se mobiliza pela educação básica e fundamental, pela alfabetização de jovens e adultos”.
O deputado destacou que o Rio Grande do Norte ainda tem em torno de 460 mil analfabetos, o que representa 18% da população acima de dez anos de idade. “Nossa taxa de analfabetismo caiu, mas ainda é muito alta. Passamos de 24% para 18% de analfabetos. Essa diminuição é muito lenta. Mantido esse ritmo, será preciso pelo menos 18 anos para zerar o analfabetismo”.
Ele ponderou, ainda, que a diminuição do analfabetismo no Brasil “é fato”, mas advertiu que ainda temos 9% da população (entre 13 e 14 milhões de pessoas) eu não sabem ler nem escrever. “A educação é uma reivindicação recente da sociedade. Isso ajuda a explicar por que nosso país ainda é tão desigual e por que é tão difícil fazer com que o Estado assuma sua responsabilidade neste tema”.
Mineiro disse que o grande desafio dos projetos de alfabetização, como o Mova Brasil, “é dar o passo seguinte”. “Como essas pessoas podem ser inseridas no ensino fundamental? A rede pública está preparada para recebê-las?”, questionou.
O Mova Brasil é inspirado no Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA), criado pelo educador Paulo Freire. O projeto é desenvolvido pelo Instituto Paulo Freire (IPF) em parceria com a Petrobras e a Federação Única dos Petroleiros (FUP). Desde 2003, quando foi implantado no RN, o projeto tem alfabetizado em média três mil pessoas por ano. Em 2012, serão 180 turmas em 43 municípios potiguares, com 4.500 alunos matriculados.
“Entre as pessoas que ganham até meio salário mínimo, o analfabetismo é 15 vezes maior que entre aquelas que ganham de um a quatro salários mínimos. O número de negros que não sabem ler nem escrever é muito maior que a quantidade de brancos. É uma disparidade imensa. Em relação à questão da idade, ocorre um fenômeno interessante no Brasil: em números absolutos, o número de analfabetos com mais de 65 anos aumentou, mas em termos percentuais houve uma diminuição”, comentou.
Para Mineiro, esses números comprovam que essa situação é “reflexo da constituição desigual do Brasil”. Ele enfatizou que o combate ao analfabetismo é “decisivo para enfrentar a desigualdade social e promover a justiça econômica” no País.
Mineiro observou que o direito à educação universal surgiu somente na Constituição de 1988. Portanto, a ideia da educação como dever do Estado é muito recente. “Nunca vemos movimentos de rua para acabar com o analfabetismo no Brasil. A cidade se mobiliza para ter educação superior, mas ninguém se mobiliza pela educação básica e fundamental, pela alfabetização de jovens e adultos”.
O deputado destacou que o Rio Grande do Norte ainda tem em torno de 460 mil analfabetos, o que representa 18% da população acima de dez anos de idade. “Nossa taxa de analfabetismo caiu, mas ainda é muito alta. Passamos de 24% para 18% de analfabetos. Essa diminuição é muito lenta. Mantido esse ritmo, será preciso pelo menos 18 anos para zerar o analfabetismo”.
Ele ponderou, ainda, que a diminuição do analfabetismo no Brasil “é fato”, mas advertiu que ainda temos 9% da população (entre 13 e 14 milhões de pessoas) eu não sabem ler nem escrever. “A educação é uma reivindicação recente da sociedade. Isso ajuda a explicar por que nosso país ainda é tão desigual e por que é tão difícil fazer com que o Estado assuma sua responsabilidade neste tema”.
Mineiro disse que o grande desafio dos projetos de alfabetização, como o Mova Brasil, “é dar o passo seguinte”. “Como essas pessoas podem ser inseridas no ensino fundamental? A rede pública está preparada para recebê-las?”, questionou.
O Mova Brasil é inspirado no Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA), criado pelo educador Paulo Freire. O projeto é desenvolvido pelo Instituto Paulo Freire (IPF) em parceria com a Petrobras e a Federação Única dos Petroleiros (FUP). Desde 2003, quando foi implantado no RN, o projeto tem alfabetizado em média três mil pessoas por ano. Em 2012, serão 180 turmas em 43 municípios potiguares, com 4.500 alunos matriculados.
Fonte: Assessoria do Mandato