A escassez de água
nos açudes, barragens e lagoas tem afetado as zonas rurais do estado e 142
munícipios, dos 167, estão em estado de calamidade por causa da estiagem, que é
considerada a pior dos últimos 30 anos. A seca prejudica não só a produção
agrícola e pecuária, como também o consumo humano e animal.
Na Bacia Piranhas/Assu, a barragem Eng. Armando Ribeiro Gonçalvez, com
capacidade de 2,4 bilhões de metros cúbicos, tem armazenado em seu reservatório
1,2 bilhões de metros cúbicos (52,23%), de acordo com sua última medição deste
ano, em 14 de janeiro. O reservatório Pau dos Ferros está com 21% da
capacidade, Boqueirão de Parelhas com 37% e Sabugi com 22%.
Reservatórios como Bonito II, Flechas, Pilões e Lucrécia estão em
situação crítica, com o nível de água abaixo de 20%. A barragem Itans, que tem
capacidade de 81,5 milhões de metros cúbicos está funcionando com apenas 26,2
milhões (32%). O reservatório Santa Cruz do Apodi está com 58,8% do nível de
água que comporta (tem capacidade de 599 milhões de m³ e está com 353 milhões
de m³).
De acordo com a vereadora Lázara Maia (PT) é preciso implementar um
plano de gestão de águas e ações a médio e longo prazo com obras estruturantes,
principalmente na questão da estiagem. “Grande parte dos municípios já estão em
colapso e se não tiver uma ação neste sentido, com o tempo, a situação vai se
agravar ainda mais”. Ressaltou ainda os programas de convivência com o
semi-árido, tais como: P1MC, P1+2, todos discutidos e implemantos através da
ASA.