CARLOS EDUARDO estar inelegível
O
ex-prefeito Carlos Eduardo Alves amargou um revés nesta quarta-feira (24). Por
15 votos a favor e apenas 6 contrários, os vereadores de Natal aprovaram o
relatório do colega Enildo Alves (DEM) que rejeitava as contas do último ano de
gestão do pedetista à frente da Prefeitura de Natal.
A
decisão torna Carlos Eduardo Alves inelegível. O pré-candidato do PDT já havia
declarado que vai recorrer ao Judiciário para manter candidatura à Prefeitura
de Natal.
Os
vereadores votaram pela aceitação ou não do relatório da Comissão de Orçamento
e Finanças. A peça, produzida pelo vereador Enildo Alves (DEM), sugeria a
reprovação das contas do ex-prefeito. Quinze optaram pelo “sim”, votando conforme
o texto do democrata. Seis edis escolheram o “não”, rechaçando as opiniões do
relator e aprovando as contas do pedetista.
O
relatório de Enildo Alves destaca três situações apontadas por ele como
irregulares em 2008: 1) Saque previdenciário de R$ 22 milhões, posteriormente
devolvidos com correção monetária; 2) operação de crédito de R$ 40 milhões,
resultantes da venda da conta do Município da Caixa para o Banco do Brasil e 3)
incorporações salariais.
“Sinto-me
completamente à vontade para opinar contrariamente ao parecer do TCE e votar
pela reprovação das contas”, disse na Tribuna da Câmara o vereador Enildo
Alves.
A
expectativa era de que as contas devessem ser reprovadas. Todavia, com o
ingresso da ex-governadora Wilma de Faria no projeto de Carlos Eduardo,
cogitou-se que a bancada do PSB, a maior da Câmara, com seis vereadores,
votasse pela aprovação das contas. O que não aconteceu.
Segundo
o vereador Adenúbio Melo, a ex-governadora pediu a todos os vereadores do PSB,
de fato, que votassem rechaçando o relatório de Enildo Alves. “Mas eu vou votar
com o relator”, disse na tribuna. Além dele, Bispo Francisco de Assis e Dickson
Nasser contrariam a orientação do PSB e votaram pela reprovação das contas do
ex-prefeito.
Subjudice
Carlos
Eduardo diz que pretende ir à Justiça para garantir sua candidatura. A
judicialização do caso foi tratada hoje na sessão da Câmara Municipal de
maneira negativa por membros do Legislativo municipal.
“Será
constrangedor que mais tarde a Justiça reverta essa decisão tomada hoje nesta
Casa”, comentou o vereador George Câmara, a quem fez coro o colega Raniere
Barbosa (PRB): “Será desgastante junto à opinião pública. Será desmoralizador”,
disse.
O
presidente da Casa, Edivan Martins (PV), discorda. Para ele, a Câmara Municipal
cumpriu o seu papel de agente fiscalizador do Executivo: “Cumprimos o papel
constitucional que nos foi conferido. Cabe ao Legislativo a decisão tomada aqui
hoje”, defendeu.
Fonte:
Nominuto