CISTERNAS DE PLÁSTICO
“Articulação também divulga documento
contra a criminalização das ONGs”
A
Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) lançou nesta terça-feira (8),
durante a 4º Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional que
ocorre em Salvador (BA), um documento alertando sobre o uso das cisternas de
plástico. Esses reservatórios começam a fazer parte da política governamental
para levar água às famílias do Semiárido, a partir do Programa Água para Todos,
no contexto do Plano Brasil Sem Miséria.
No
documento a ASA elogia a decisão de universalizar o acesso à água no Semiárido,
mas lamenta a utilização das cisternas de plástico como alternativa para
alcançar esse objetivo. “As cisternas de plástico/PVC excluem a população
local, não permitindo a sua participação no processo de reaplicação da técnica,
criando dependência das empresas”, diz um trecho do manifesto.
A
ASA já construiu 360 mil cisternas, através do Programa Um Milhão de Cisternas
(P1MC). Isso tem gerado autonomia para mais de 1.700.000 pessoas sobre a gestão
da sua própria água. Também foram construídas quase 12 mil tecnologias de
captação de água para produção de alimentos, entre taque de pedra,
cisterna-calçadão, barragem subterrânea e bomba d’água popular.
O
impacto da ação da ASA está descrito em outro documento, que também está sendo
distribuído na conferência. Nesse mesmo texto, a Articulação se coloca contra a
campanha de criminalização das organizações não-governamentais (ONGs). “A ASA,
e as centenas de organizações que a ela se referem, se recusam a serem
comparadas e confundidas, por quem quer que seja, com organizações que desviam
recursos públicos”, ressalta o manifesto.
Fonte texto e imagem: http://www.asabrasil.org.br